Apesar dos marcantes sinais visíveis, a dermatite atópica não é transmitida pelo contato entre as pessoas, ou seja, não é uma doença contagiosa.
Há muito mais acontecendo embaixo da pele. Trata-se de uma doença crônica e genética, causada por uma resposta exagerada do sistema imunológico ao contato com um elemento irritante ou alérgeno, chamada de Inflamação Tipo 2.
Na prática, o que acontece é que esse processo inflamatório nas profundas camadas da pele envia para a sua superfície sinais que causam a coceira. E coçar provoca um rompimento na camada externa da pele, permitindo que substâncias que existem no meio ambiente e que podem induzir uma reação alérgica entrem em contato mais facilmente com o organismo do paciente com dermatite atópica.
A doença pode ser classificada em leve, moderada ou grave, dependendo da intensidade dos sintomas e da extensão e gravidade das lesões. Somente um médico é capaz de fazer essa avaliação. Independentemente de sua classificação, a dermatite atópica não tem cura, por ser causada por fatores genéticos e imunológicos. Entretanto, mesmo apresentando uma natureza crônica e recorrente, ela pode ser controlada com esquema terapêutico apropriado para a gravidade de cada paciente.
“A doença é crônica e persistente, por isso requer tratamento contínuo. Cuidados para evitar substâncias irritantes e alérgenos aliados ao uso de emolientes e medicação anti-inflamatória tópica e sistêmica são importantes. Quando não tratada, existe uma tendência para a progressão da gravidade, o que mostra a necessidade de manejo adequado e contínuo da doença”, destaca Nelson Augusto Rosário Filho, médico pediatra pela Universidade Federal do Paraná e especialista em Alergia Clínica pela State University of New York.
Outro fator que justifica a importância do acompanhamento das formas moderadas e graves da doença com um especialista são as possíveis infecções secundárias, que podem complicar a dermatite atópica. “A alteração da barreira cutânea e o ambiente inflamatório contribuem para infecções virais, fúngicas e bacterianas”, explica o especialista.
O cuidado mais básico e indicado para todos os casos, de leves a graves, é a hidratação da pele, que promove a umidificação da camada externa da pele estabilizando sua função como barreira protetora. Além das medidas de cuidados básicos, o médico pode ainda receitar tratamentos tópicos ou sistêmicos, incluindo corticoides e medicamento biológico, conforme a gravidade da doença.
A visita ao médico imunologista ou dermatologista é muito importante para pacientes com dermatite atópica moderada a grave. Apenas um especialista pode determinar qual é o tratamento mais apropriado em cada caso.
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