Quando se fala em dermatite atópica, a primeira imagem que costuma vir à mente é a de uma pele vermelha, ressecada e com coceira. Mas a realidade é que a doença não se limita ao que os olhos veem. Os sintomas ultrapassam a pele e afetam diversos aspectos da vida de quem convive com ela.
A coceira intensa, por exemplo, vai muito além de um simples incômodo. Ela pode ser tão persistente que atrapalha o sono, compromete o rendimento no trabalho ou na escola e causa cansaço extremo durante o dia. Lesões visíveis podem provocar vergonha, insegurança e até afastamento do convívio social. Muitas vezes, pacientes relatam sentir-se julgados injustamente, como se a doença fosse “contagiosa” ou resultado de falta de cuidado, o que não é verdade.
A dermatite atópica é uma doença inflamatória crônica, que exige acompanhamento médico e uma rotina de cuidados diários. Não é “frescura”, não é preguiça e não é algo que se resolve com qualquer creme ou receita caseira. É uma condição de saúde séria, que precisa ser reconhecida como tal.
Falar sobre os sintomas além da pele é dar voz a milhões de pessoas que enfrentam desafios silenciosos todos os dias. É lembrar que cuidar de quem tem dermatite atópica significa olhar para a saúde física, emocional e social.
